Sacolas retornáveis começam a ganhar espaço em Manaus


Projeto de substituição das sacolas plásticas tramita na ALE/AM
 (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)
Por Girlene Medeiros:   Supermercados de Manaus oferecem sacolas ecológicas aos clientes. Projeto de lei de substituição de sacolas plásticas tramita na Aleam.
Utilizar as sacolas retornáveis já se tornou uma realidade em alguns estados brasileiros, como é o caso de São Paulo, onde os supermercados deixaram de fornecer sacolas plásticas desde janeiro deste ano. No Amazonas, a iniciativa ainda tramita pela Assembleia Legislativa do Estado (ALE/AM), mas as sacolas ecológicas começam a ganhar adeptos. “O interesse está crescendo, mas é preciso mais incentivos”, disse o gerente de marketing dos supermercados DB, Guto Corbett.
Na rede de supermercados, o uso das chamadas ecobags tem ganhado espaço. A empresa aposta também em caixas de papelão para evitar o incentivo de sacolas plásticas. Segundo Corbett, o grupo importa as sacolas da China e o transporte demora seis meses para chegar às 20 filiais. “No último pedido, solicitamos 200 mil sacolas ecológicas”, disse o gerente.
Arte sacolinhas (Foto: Editoria de Arte/G1)Modo de utilização das ecobags
(Foto: Editoria de Arte/G1)
Mas as opções de substituir as sacolas plásticas não agradam a todos. A administradora Suzanne Freire, 25 anos, explicou que gosta da ideia, mas nem sempre é possível aplicar a consciência ecológica ao cotidiano.
Segundo a jovem, as sacolas biodegradáveis não possuem espaço suficiente para as compras mensais da família. “Ainda não acho viável as sacolas reutilizáveis. Dependendo da quantidade de compras feitas, vou ter que adquirir dezenas de sacolas. Sem contar que poderiam ser mais baratas”, reclamou.
As sacolas são vendidas a quase R$ 3, em média, e há também embalagens especiais que chegam ao consumidor por meio de promoções. Porém, o valor não impede a também administradora, Suzane Souza de aderir ao meio mais sustentável. A jovem de 22 anos acredita que a redução do consumo das sacolas plásticas é uma tendência mundial. “Na minha casa, todos usam as retornáveis independente do tamanho da compra. Uma vez fiz o meu pai jogar os produtos na mala, mas não deixei ele pegar os saquinhso plásticos”, brincou a jovem.
Considerando-se quase uma ativista, Suzane Souza é adepta das sacolas ecológicas há dois anos e considera uma “desculpa” dizer que as sacolinhas plásticas são necessárias para usar para o lixo.
“Uma coisa é pegar as sacolas para o lixo. Outra coisa é pegar grandes quantidades que vão ficar entocadas. Pegar só algumas, até que dá para entender”, disse ao explicar que instituiu o costume de separar os dejetos da casa e levar a pontos de coleta seletiva da cidade.
Caixas também são alternativas a sacolas plásticas (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)Caixas também são alternativas a sacolas plásticas (Foto: Girlene Medeiros/G1 AM)
Tramitando na ALE/AM e de autoria do deputado estadual Chico Preto, o projeto de lei 103/2011 institui a substituição e coleta de sacos e sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais do Amazonas. O projeto é de 30 de março de 2011 e sugere uma compensação de quilos de alimentos perecível para o consumidor que evitar as sacolas plásticas.
O projeto de lei sugere ainda que sejam dispostos avisos à população incentivando o uso de sacolas reutilizáveis e lembrando dos 100 anos necessários para uma sacolinha plástica se decompor no ambiente de condições normais.
“A Comissão de Meio Ambiente da Assembleia vem realizando debates e audiências públicas para melhorar o projeto e discuti-lo com a comunidade”, disse o autor do documento, deputado estadual Chico Preto.
Segundo Guto Corbett, dos supermercados DB, o uso das novas sacolas fazem parte de uma política de responsabilidade ambiental das organizações. No momento em que a reportagem do G1 visitou um dos supermercados da rede, na Zona Centro-Sul, não havia sacolas disponíveis aos consumidores. Segundo o gerente, a procura tem melhorado bastante.
“Ainda falta mudar o hábito de utilizar as sacolas retornáveis. Os custos são mais baratos e há também a opção das caixas de papelão. Pelo visto, vamos ter que repor o nosso estoque”, afirmou Corbett.
Matéria publicada originalmente no G1

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